dia #21 –
a nostalgia me atingede tempos em tempostão traiçoeira quantobeber água salgada para curar a sede
a nostalgia me atingede tempos em tempostão traiçoeira quantobeber água salgada para curar a sede
um galhinho de arruda na mão de minha avóme sussurra os segredos do mundo
se nada te impedede partir leve entãoguarda-chuvacasacomeu endereço anotadoatrás dessa nota fiscal
abrir os olhos só parater o gosto de vertu dar de cara com a minha língua nos teus dentes
estes olhos viramincêndios pedras acidentes fechados, me lembramdo toque do baque do susto abertos, miram a luzde tudo o que há
meu fôlego curtonão permite, maseu correriaatrás– de tido ônibusdo tempo –sem dúvida
é perfeitamente possívelme apaixonar por tié infelizmente provávela flecha do tempo riscar o verniz
o samba repica ao longeolhos molhados, masdão conta de veralém do breu fumacento mirando pra cima, alia saída do buracosorriso largos ao enxergarcéu ensolarado de desejo meu coração pede passagemescalando até minha bocaagora...
o calor do fogo não é o que me atrai sim, a faísca do choque
pensaram que não ia ter desafio fagulhas neste ano? confesso que por um momento eu também pensei. dito isso, o desafio começa amanhã, assim como o mês de novembro. estou animada, vai ser...
o amanhecer dos olhos sonolentoso orvalhar do galo carijóo despertar da flor da meia-noite por mais que oinício tenha sido o verbotudo se confunde a respiração vacilanteo passo a frente antes da despedidao...
o roxo que a ipoméia espalhaé o mesmo roxo que via quandocriança fechava os olhos bem forteapertando as pálpebras com as mãozinhas tinha vontade de espiar por dentrodaquele buraco veronde aquilo ia dar...
Era algo a ser definidoUnicamente pela incerteza do risco Temos chance de sairmos ilesos?Estratégia de sobrevivência de corações partidos Voltar os olhos para o futuroEis algo de impossível controle Juntos e desesperadosOutra vez...
(quando o arco finalmente dispara a flechaquando por fim a onda quebraé chamado de acontecimento) preferi quebrar as flechaspreferi pular do barcosem o consentimento do capitão eu gostaria de ter te oferecido palavras...
as pálpebras que se atraempor desejarem os braços de Morfeu ou ainda o encontro entre dois corposcelestes, brilhantes, queimando me lembram a importância do choquepara que se faça a luz
o azul obtuso que rega meu olhoviciado no branco cegante da telajá não surpreende a íris sedenta de estrelas a Centaurus está mais próxima daquili que lá há o lugar mais frio já...
diluo o pó de ouro, inconformadaapanho os cacos ignorando os corteseu quero tentar mais uma vez em um labirinto venoso douradome apego à possibilidadede aperfeiçoar a ruptura da despedida
eu escrevo porque escrever é o que me ligaà contínua e acachapante presençada tua etérea e dolorosa ausência eu conto as horas em um ponteiro que não mais anda eu quero que valha...
vejo minha íris no espelhofurta-cor, lá no fundo do reflexo e ainda mais ao fundo, seu semblanteé apenas uma especulação, porémcausador de incertezas sólidas a conversa é espaçada e pretensiosa demaisenquanto inventamos um...
quando se está em um barcoé como se tivesse que aprendera viver em uma lógica diferenteaquela em que o desesperonão pode tomar contada embarcação já lotadade expectativas quando se está apaixonadapor quem a...
quando se está em um barcoa principal autoridade é o comandantepodem estar ali papa e reiquem manda usa o quepe fico na amurada tal qual ana c.desejo terra ou olhos firmesdirecionando sem bússolavento...
perco muitocabelo epiderme rastro chancesdeixo tudo pelo caminho destroços submergem, maslogo trato de enviar uma brigadade buscas especializadamergulhadores experientes e eu na beirada me afogo no que poderia ter sido
abri os olhos e já esquecido sonho maluco no qual estive à noiteinteira pelada na frente de desconhecidosna escola ou correndo rumo ao precipício levanto da cama com a certezade um eclipse provavelmenteinvisível...
e depoistuas mãos tateiampor remanescentes do incêndioocorrido em minha cama
andar junto de alguémrequer disposiçãocom o temposão desenvolvidas táticas parauma caminhada mais proveitosa dar as mãospasso em direção ao futurode quem ainda não sabemos sentir a textura da mão enquanto se andaé ver...
como na canção de Mombojóeu pensei em deixar vocêeventualmente, deixei, porémme sinto impregnada por um endereçoe suas possibilidades agora vaziastenho o vício da memóriadescer do ônibus na Conde da Boa Vistacomprar coalho na...
queria escrever um poema com “anátema”quando penso, teu corporastro dos dedos in⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ten⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀cio⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀nal⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀men⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀te pressionandona região de cócegas pro⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀fun⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀ ⠀das a desgraçaaconteceu sem prevercomo um...
um dia ainda morro engasgada pelasflores que apodreceram em minhas mãosesquinas que não virei ou acreditepelo retorno de saturno próximotudo isso enfiado na goela bloqueando o ar mas antes te prometouma última valsa...
você se surpreenderia com as primeiras vezes que não tivealgumas me foram roubadas e eu não conto de propósitooutras finjo que não lembro para poder estrear mais uma vez ou nuncacertas delas eu...
Pelotas, 2018fui a um retiro budistao exercício: – imagine uma garrafa d’água⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀(Da Pedra)– observe o líquido dentro da garrafa⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀(com gás)– olhe além do objetoultrapassando o líquido– esse é o seu pensamento durante a...
esse raminho de arrudafeito batuta entre os dedos enrugadosme dá algumas certezas. são elas:1. o céu não desabará tão cedo;2. bons ventos ainda sopram algures, e;3. eles podem me acertar. para expelir quebrantos...
olhando pelo buraco da fechadura épossível ver que não deu certo massempre estivemos cientes do risco e mesmoassim ninguém pensou sequer uma vez espiando pela fresta do tempo dávontade de rebobinar a luz...
água no copoágua no corpoágua na cabeçaeu preciso mergulharurgente submersão no domingo a vista fica secapulo na poça desejo o marquero você vejo solpreparo o salto miro a pontafecho os olhospro fundo
saber que não vais alcançara mesma idade do abacateiro que plantasteo corpo morre a planta fica saber que o tempo andamais rápido que o meu olhoqueria te ver dançar mais uma vez saber...
bichos tristes e desesperados– tenho a impressão – ratos estão constantemente orando
desejo, mas não me deixama deixa precisa ser aproveitadaescape sutil entre desejo mais do que possoe um poço sem fundo abrepossibilidades aquosas desejo, mas tenho deverese devo saber seguir ordensproibir é tão cafona...
não posso ir meu pai não deixamas vê com a tua mãea vó com certeza deixaria e não contaria para ninguém estar de castigoir da casa direto para a escolasaber das possibilidades e...
pensando bemold habits die hardse me escondo, no fundoé querendo em ser encontradasempre escolhi o lugar mais fácilaté fazia barulhona torcida para ser notadameu peito ardendo emurgência de companhia, eestar escondida com mais...
no dia em que nascideixei o útero sem me despedir daquele cantinhoarrumado só para mim, nunca mais vou retornarfui em frente ajeitar novos espaçostoda vida sem ousar recuar no dia em que fui...
e vamos para mais uma edição do fagulhas, desafio de escrita poética que criei no ano passado. foi tão legal fazer isso que resolvi repetir, quem sabe até criar uma pequena tradição. 🙂...
os tentáculos são longos abraçam tudo e todossem deixar fresta sequer sufocante na tentativa de aproveitar uma lufada de ar frescouma ventosa ensimesmada surge te puxando de volta para dentro aqui dentro é difícilno calor...
início da década 2000meu avô ainda tocava sanfonaprovavelmente Chico Mineiroou Moreninha Lindaeu não sabia de muita coisamas pensava que sabia no meio da festaceia quase prontacrianças furtavam quitutes o fogo lambeu o velho...
Confira a seguir uma entrevista com o professor Rogério Leandro Lima da Silveira. Ele atua na pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Conversamos, principalmente, sobre a construção...
A seguir, confira a entrevista com Nilsa Machado, agricultora e dona de casa. Residentes da zona rural de Vera Cruz, ela e o marido, Adair, cultivam tabaco há décadas. Além disso, Nilsa é...
A seguir, leia a entrevista com o professor Mateus Silva Skolaude, do curso de História, da Universidade de Santa Cruz do Sul. Ele é autor do livro “Identidades rasuradas: o caso da comunidade...
Confira a entrevista com Fabiano Pisoni, coordenador de projetos da Cooperfumos, ligada ao Movimento dos Pequenos Agricultores, em Santa Cruz do Sul. Nosso principal foco nessa conversa foi tratar sobre o programa de...
por que as multinacionais se mundializam por que as multinacionais preferem expandir suas empresas em países subdesenvolvidos por que as multinacionais são atraídas para os países subdesenvolvidos por que as multinacionais são consideradas...
o Afubrinha era tão simpático com seus pezões e seu tronco emborrachado o cabelo, uma muda de tabaco por onde andará o Afubrinha? vejam como o capital monocultor é bom crianças se acotovelam...
Verde é fumo antes de secar em estufas fumegantes de 90 a 170 graus celsius Verde é vômito pela náusea sentida ao tocar na planta durante a colheita Verde é o dólar da...
as mãos do meu avô são grandes e fofas já precisaram ser jeitosas (o tabaco é sensível) para poder despetalar a folha certa quando ainda não é momento das outras os pés da...
Você quer uma vida social, com amigos Uma apaixonante vida amorosa e também Trabalhar duro todo dia. A verdade é que Destes três você pode ter dois E dois podem te pagar dividendos...
mirar o retrovisor até perder de vista o momento em que era surpresa a troca de olhares observar a trilha por onde tuas mãos passeiam nas curvas e irregularidades do corpo minado inspirar...
bate-bola nas entrelinhas tentando saber se a pergunta sobre o Grêmio na verdade se trata de um eu te amo escanteado nossa, foi bem difícil tentar lembrar exatamente do que eu escrevi ontem....
bate-bola dentro das entrelinhas na tentativa de entender se esse papo é mesmo sobre futebol ou se é a modalidade do nosso amor
um gesto desesperado a folha de anotações em alemão colada na parede nominativ akkusativ dativ genitiv lembra o ser humano falho que não gosto de ser uma coisa de cada vez em um...
uma linha imaginária separa possibilidade e concreta realidade um passo além e você já não é criminosa, ilegal merecedora, até um passo para lá e tua vontade importa como se fosse homem, até...
o poema nem avisou estava para chegar mal educado o poema esperava recepção vermelho tapete espumante eu tinha acabado de entrar no banho o poema cortou a energia elétrica atravancou meu caminhar no...
qual é o tipo de afeto sentido por alguém ao notar que a corda arrebentou? milésimos de segundos separam o acaso do incontornável qual é o famoso filme exibido na tela da memória...
o vidro fosco da memória me permite lembrar apenas da sensação desconcertante do sonho no qual minha sombra me abandonou para lá, para cá e nenhum sinal nada uma rusga sequer daquela que...
a saia rodada da minha avó é calma e certeza tudo é passageiro como o vento que movimenta a fazenda da saia rodada da minha avó o jeito com que ela seca as...
o encontro de suspiros a colisão de ideias a espera da paquera o embate dos desejos caminhada rumo ao desencanto queda livre consciente será como se a primeira uma dureza diferente cara na...
Roberta não leva jeito pra essa coisa de jardinagem quando foi que isso virou passatempo de jovem? impossível matar suculentas, dizem ha-ha, Roberta já provou que dá pra fazer acontecer no fundo há...
Seria capaz de ter Avistado uma miragem ao Longe tamanha saudade de Vagar por ruas e vielas Apenas para me perder Dentre aromas e sabores e sons Outrora tocados apenas por mãos Retintas...
o exato ponto de equilíbrio nunca o ápice jamais o ponto mais baixo lida bem com a dureza da vida salgadoce explosão de impossíveis sabores risoles com glacê da torta de aniversário da...
fiz morada no intervalo entre busco acolhimento na incógnita me refugio no titubeio um pé atrás antes do mergulho [na incerteza a faísca do duelo entre eu sinto vs. eu penso a cada...
um bugio grita ao longe como que alertando lembre-se de que estou aqui isto tudo já foi meu fadado à incompreensão * que lindo teu blusão observando daqui parecem uma família unida será...
88 extinções não são o cúmulo? eu pergunto insistente e mergulho no desconhecido voo em busca da aterrissagem ]]]]no intervalo[[[[ entre o bater de asas da borboleta e a decisão do caranguejo meu...
88 gotas d’água transbordam uma represa 88 anos, uma vida longa 88 tiros errando o alvo tornam-se “balas perdidas” 88 impresso nas asas de uma borboleta dão razão à superstição 88 pontos, um...
pés abrem caminhos por vezes criam seus próprios modelos tão castigados insistem em acreditar em mim mantêm movimento mesmo incerta procuram a trilha não param apesar da dor da falta de fé *...
a janela fechada se apresenta como uma foto não revelada por ora eu abro o peito com um otimismo meio sorriso amarelo a aracuã cujo grito esbaforido me desperta dia a dia questionando...
meu gato está em greve simplesmente anunciou miau primeiro duvidei nem um ronrom sequer? mi nem banho? au 24 horas depois estranhei nada de corrida atrás da pelúcia miau-miau e o pior é...
Cristina Ranzolin eu quero saber qual é a tua a tua incógnita na casa dela decerto há spray spray acelerador de bronzeamento quando permitido havia câmaras câmaras de radiação UV? ou apenas muitas...
quem diriaflores e ácaroscastigam da mesma forma continuo torcendo pela sobrevivênciadas polinizadorascontinuo espanando móveis(atchim!)apesar de você como tá dando pra notar, não me apego às sugestões literais do desafio. licença poética, sabe?! hehe....
Charles Darwin esteve sozinhocom o som do mar revoltoem locais desconhecidosdistante e irrastreávelseu destino dependia devinte e dois cronômetroscuja má fama os precedia na distância conheceu maravilhascatalogou feras minúsculasviu gigantes estudou o avôbesouro...
Basta selecionar entãoOutra linha colocá-la na agulhaRepetir o movimento inúmeras vezesDando atenção a cada detalhe como se únicoAproveitando a capacidade relaxanteDo trabalho manual nemOuso pensar em desistir hoje a instrução era fazer um...
na primeira vez que vi o maro desespero bateuparalisada de joelhos fiqueicomo quem pedetenha compaixão de mim na segunda vez que vi o maro pavor novamentequis desistir volteicorri para a mãe queriacolo seco...
maldita civilizaçãocom mania de fazer coleçãoum teve a ideia e tantosconcordaram cúmplicesem me colocar aquipremeditado esquecimentoneste solo sujo frio úmidoonde nem minhoca frequenta quando eu atingir meio século de abandono vairolar aquela festabolo...
aos meus poke buddies a rede mundial de computadoresworld wide web originalmentecriada tipo a pólvora tantastantas possibilidades e agoraaqui estoupostando fotos pedindobiscoito ou bolacha?e lá se foi um dia conectada será que este...
eu vi!passou correndotinha quatro patas cascudasduas orelhas pontudasum rabinho mais ou menoscom um tufo de pelos na ponta eu vi!eu juro que viassustadosaiu em disparadarumo ao precipício eu vi!tô te falandoo Patrick fincou...
não tenho certezase lembrança ou fantasiacausos da vó misturados comhistórias do Pedro Malasartestraumas confundidos comtramas de novela da tarde o que não esqueço:o balanço na casa do Araçá,voar bem altoter gana de encostar...
perto do sítio da Família Limaa cidade dorme coberta pelo manto azuldo céu com nuvens que cobremas montanhas mantinha fofade plush mantém seus cidadãos aquecidosprontos para a frente fria úmidade bater o queixoque...
algumas pessoas já sabem, outras não, mas eu adoro poesia e conversar sobre processos criativos é uma das coisas que mais me interessa nesta vidinha. resolvi unir as duas coisas e criei um...
as mãos do meu avô
são grandes e fofas
já precisaram ser jeitosas
(o tabaco é sensível)
para poder despetalar a folha certa
quando ainda não é momento das outras
os pés da minha avó
pisaram chãos de barro
e poças de veneno
para alimentar quatro crianças
é preciso andar caminhos perigosos
as costas da minha tia
doloridas porque arqueadas
ao selecionar a variedade em busca de
um melhor pagamento neste ano
a face da minha mãe
me ensinou que da terra viemos
e é um perigo a possibilidade
de não podermos retornar à ela
por que as multinacionais se mundializam
por que as multinacionais preferem expandir suas empresas em países subdesenvolvidos
por que as multinacionais são atraídas para os países subdesenvolvidos
por que as multinacionais são consideradas como um dos principais agentes econômicos da globalização
por que as multinacionais acabam por acentuar as diferenças entre países ricos e pobres
por que as multinacionais vieram para o brasil
o Afubrinha era tão simpático
com seus pezões e seu tronco emborrachado
o cabelo, uma muda de tabaco
por onde andará o Afubrinha?
vejam como o capital monocultor é bom
crianças se acotovelam
correm para abraçar o corpanzil
desse mascote tão fofinho
quem foi que pensou em vestir
um adulto com calça de lycra
e um corpo agigantado
para a vender a ideia
de que este Verde é Vida
se a monocultura fosse da cevada
teríamos o Long Neckzinho?
o Verde pode ser Vida
exceto quando te mata
intoxica/queima/deprime/endivida
Verde é fumo
antes de secar
em estufas fumegantes de
90 a 170 graus celsius
Verde é vômito
pela náusea sentida
ao tocar na planta
durante a colheita
Verde é o dólar
da exportação
que chega em frações
na roça
Verde, ainda
há esperança?
início da década 2000
meu avô ainda tocava sanfona
provavelmente Chico Mineiro
ou Moreninha Linda
eu não sabia de muita coisa
mas pensava que sabia
no meio da festa
ceia quase pronta
crianças furtavam quitutes
o fogo lambeu o velho ano
com pressa
a água no balde
lavou o ano novo
tsss
essa história renderia
15 segundos na TV local
estufa de fumo incendeia na virada do ano
os tentáculos são longos
abraçam tudo e todos
sem deixar fresta sequer
sufocante
na tentativa de aproveitar uma lufada de ar fresco
uma ventosa ensimesmada surge
te puxando de volta para dentro
aqui dentro é difícil
no calor da monotonia
há poucas surpresas
(a não ser que tudo vá bem)
uma viagem textual, passeando por temas aleatórios, sem formato pré-definido e com pouquíssima ou nenhuma revisão textual – totalmente freestyle! garantia de informações (in)úteis com algumas crises existenciais.
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